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Say a Little Prayer for You by Aretha Franklin on Grooveshark

segunda-feira, 2 de maio de 2011


Olá!

Este nunca foi um espaço para denúncias. Não no sentido policial do termo. Contar as peripécias de um e de outro está longe de serem denúncias... Mas hoje recebi um ‘feed’ no Facebook (já me desculpem a gafe caso tenha ocorrido, pois não tenho nenhuma intimidade com os termos das redes sociais) que dizia assim:

“Se você cresceu comendo comida caseira, andava de bicicleta sem capacete, sua casa não era à prova de crianças, você tomava 'havaianada' quando se comportava mal, tinha uma TV com 3 canais e tinha que levantar para mudar ou para mexer na antena, você fazia o juramento à bandeira na escola, bebia água de torneira, sofria bullying na escola e saía NORMAL, cole isto em seu mural para mostrar que você sobreviveu!”

Recebemos ‘feeds’ como esse quase todos os dias e o lance é que, caso concorde com a afirmativa, a indicação é colar o texto no seu ‘wall’, assim a ideia será disseminada entre seu grupo de amigos e por aí vai. Hoje eu fiz isso e colei o texto acima no meu ‘wall’. Confesso que já recebi coisas interessantes antes, mas não sabia onde era 'minha wall’. Onde é que fica essa parede gente? Meu estagiário me ajudou... Tks!

Well, apesar de poder mudar o rumo dessa prosa e falar dessa minha inabilidade, vou manter a ideia anterior que era: como as pessoas são engraçadas. Enquanto uma legião delas, formadores de opinião, pedagogos, jornalistas, psicólogos e afins defendem com unhas pintadas e dentes de porcelana o fim do chamado ‘bullying’, rimos com graça das piadas ofensivas no Pânico, assistimos sem susto o clamor do povo americano brindando a caça ao Bin Laden, concordamos em dar audiência ao American Idol em que os jurados detonam os concorrentes (mas também é cada peça...), entre outras ações do tipo. O que é o 'bullying', afinal? É só o que acontece nas escolas? Só vale entre as crianças? E às ofensas, se responde com mais ofensas? E à violência, se defende com violência? Como é que eu posso ensinar meu filho a não fazer piadinhas que ofendem os colegas e nem resolver as questões no braço, sendo que hoje ao ver TV (não adiantou trocar o canal, estava em todos) tive que explicar porque uma multidão de americanos saldava a morte de alguém.

“Filho, era um bandido muito perigoso, que seqüestrou um avião, bateu num prédio e muitas pessoas morreram por causa disso.”

“Mas mãe, ele foi pra cadeia?”

“Não, ele se escondeu e desde muito tempo a polícia o está procurando.”

“E a polícia achou?”

“Achou!”

“E porque tem tanto sangue assim?”

“Porque ele reagiu à prisão e na briga com a polícia, ele acabou morrendo...”

“E as pessoas estão felizes porque ele morreu?”

“...”

“Nossa mãe, coitado...”

E num fim de semana em que o príncipe casou com a princesa, o vilão acabou virando mocinho na era 'bullying'... Mas elas, as crianças desse tempo, também vão sobreviver!

Beijo.

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