Nunca fui uma criança, embora delicada e bailarina, muito conectada às bonecas. Nem a carrinhos. Gostava de jogos e de livros. E de pessoas, de personalidades. Idolatrava o nome
Ayrton Senna mesmo sem saber ao certo quem era e o que fazia. E sabia que junto do nome dele às vezes aparecia um tal
Piquet. Nome que eu também respeitava embora me sentisse menos atraída. Alguma lei da física deve explicar isso daí.
Anyway, embora fosse menos simpática ao
Nelson é inegável o fato de seu brilho e desempenho na história da
Fórmula I. E hoje, em minha corrida matinal, ouvi no rádio um locutor irado dizer que todo o bom nome da família
Piquet construído pela garra do pai, pode ir para o ralo graças à ardilagem do filho (sem reticências para conclusões pessoais). Falhas acontecem lapsos rolam. São aqueles milésimos de segundos fatídicos que dominam nossas mentes e nos fazem ir para o caminho errado ou meramente esquecer-se de algo importante. Mas deixam nossos caminhos sem volta, nossas justificativas injustificáveis, nossas histórias pedantes.
But, eu já disse aqui neste mesmo
blog do bem anteriormente, que amigo é amigo... e suco de fruta é suco de fruta. E trocadilhos à parte, o que quero fazer mesmo é pedir enormes e sinceras desculpas ao nosso novo e grande amigo, o nada abominável homem da neve,
ANDRÉ. Claro que não poderia cometer a mesma gafe e me esquecer do
Fábio (ou
Barney para os chilenos).
???
Ok ok, vou explicar.
André é amigo do
Marcelo Las Gracias que estava em
Santiago pela segunda vez, desta com
Barney, e ambos tinham em seu destino um único desejo: esquiar. Devido a uma forte nevasca no Valle Nevado,
Fred e
Barney foram obrigados a abandonar o carro da dupla já que o mesmo ficou atolado na neve (até porque os carros em Bedrock não são tão preparados para isso...) e não havia condições favoráveis ao esqui,
anyway. Por essa razão,
Fred (ou
André na vida real) acabou firmando base em nosso hotel, o mesmo indicado por nosso
private guide,
Rodrigo de Paula e nos tornamos amigos. Por causa deles, antecipamos nossa ida ao Valle Nevado e, com toda certeza, visitamos aquela região na condição mais favorável possível, pois não havia como ter céu mais azul, neve mais branca, vento mais frio, carabineiros mais bravos, etc, etc, etc. Descolados como só, na van de ida e volta no trajeto Santiago/Valle Nevado (longas 30 curvas na estradinha sinistra) os marinheiros de primeira com o estômago nas costas, o mau humor pegando em razão da fome e mais uma vez os Amigos da Neve (como eram carinhosamente chamados) entraram em ação. Sacaram a grande sacola feita de asas de
pterossauro rex e distribuíram o B
rontossauro-búrguer com C
actos-Cola. Eles brilharam e hoje moram no meu coração!
E eu tenho tanto que me redimir com os Amigos da Neve porque eles deixaram nossa viagem mais legal, mais eficiente, e a eles,
Las Gracias!