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Say a Little Prayer for You by Aretha Franklin on Grooveshark

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sobre o ouvir

O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos. Mas isso, admitir que o outro veja coisas que nós não vemos, implica reconhecer que somos meio cegos... Vemos pouco, vemos torto, vemos errado. Bernardo Soares diz que aquilo que vemos é aquilo que somos. Assim, para sair do círculo fechado de nós mesmos, em que só vemos nosso próprio rosto refletido nas coisas, é preciso que nos coloquemos fora de nós mesmos. Não somos o umbigo do mundo. E isso é muito difícil: reconhecer que não somos o umbigo do mundo! Para se ouvir de verdade, isso é, para nos colocarmos dentro do mundo do outro, é preciso colocar entre parênteses, ainda que provisoriamente, as nossas opiniões. Minhas opiniões! É claro que eu acredito que as minhas opiniões são a expressão da verdade. Se eu não acreditasse na verdade daquilo que penso, trocaria meus pensamentos por outros. E se falo é para fazer com que aquele que me ouve acredite em mim, troque os seus pensamentos pelos meus. É norma de boa educação ficar em silêncio enquanto o outro fala. Mas esse silêncio nao é verdadeiro. É apenas um tempo de espera: estou esperando que ele termine de falar para que eu, então, diga a verdade. A prova disso está no seguinte: se levo a sério o que o outro está dizendo, que é diferente do que penso, depois de terminada a sua fala eu ficaria em silêncio, para ruminar aquilo que ele disse, que me é estranho. Mas isso jamais acontece. A resposta vem sempre rápida e imediata. A resposta rápida quer dizer: "Não preciso ouvi-lo. Basta que eu me ouça a mim mesmo. Não vou perder tempo ruminando o que você disse. Aquilo que você disse não é o que eu diria, portanto está errado..."
Essas palavras não são minhas. Sonho meu que as fossem. São de um cara que sou grande fã, Rubem Alves, que em seu livro "Ostra feliz não faz pérola", tem centenas de textos muito interessantes. Tão, para mim interessantes, que alguns eu leio como um auto-retrato. É legal quando a gente se identifica assim com um autor. Ele é rápido, vai na veia e tem senso de humor. E diz também que "Pensamentos vagabundos são pensamentos que a gente pensa sem querer pensar... são como as nuvens que o vento leva, uma hora se parecem com um cachimbo, o cachimbo vira um navio, o navio se transforma em elefante, o elefante vira flor...Coisa de poetas desprecoupados..." As vezes agimos mesmo assim com as opiniões dos outros e o tempo só nos mostra que não há verdade universal e que "para cada cabeça uma sentença". (Nós Andamos Iguais, lembra...)
E fim de ano é assim: põe tudo na balança! E num desses momentos, resolvi que hoje o post era do Sr. Rubem Alves. E se cada um de nós pensarmos a vida com mais poesia (!!), vamos nos enxergar como ele define. E a reunião de idiotas se consagraria, em tempos de Natal, em uma espetacular união de poetas despreocupados! Fino...
Bom Natal. Não precisa exagerar na poesia e dizer na semana que vem que o papai noel chegou na sua casa, por que aí já é demais...

Beijo, some não...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SINOS DE NATAL

Aff!!!...

Até hoje eu não entendo como conseguia ir a pé da Soft Pastel até a Hipodrommo; da Monte Alverne até a Contorno para pegar o 8001; sair numa 4a feira e trabalhar com disposição na manhã seguinte, e por aí vai. A maratona FESTAS EXCELENTES foi deliciosa, mas não foi fácil. Até hoje não me recuperei e só Deus sabe o tamanho da dificuldade para encarar o cotidiano dos dias úteis. Nessas horas consigo sentir a diferença singela de vinte anos...

Mas não é esse o foco. PARABÉNS MARCELO PAULISTA PELO SHOW DE CRIATIVIDADE E ENVOLVIMENTO!! Não só nesse ano, mas sempre foi BALA (!!) e nunca levou nenhum troféu para casa. FALHA NOSSA!! O Marcelo é sempre muito simpaticão (sem ciúmes, Hudson!) e me fala coisas lindas que fico até sem graça. Mas em um dos ângulos de sua conclusão, nós discordamos demais. EU não sou mais que VOCÊ. E NÓS só ANDAMOS IGUAIS porque temos uns aos outros. Quando eu conto sobre nossa relação, as festas, a amizade, o amor puro, a lua-de-mel compartilhada, eu sempre noto nos olhos do ouvinte um "quê" de "ai que legal, eu também gostaria de ter amigos assim...". E ter amigos é muito fácil, é só se abrir para eles. E na nossa reunião de idiotas, somos todos: difíceis, melindrosos, geniosos, ardilosos, críticos, neuróticos, exagerados... E apaixonados pela simples razão de estarmos juntos. E mais um ano provamos isso.

A presença de cada um foi sensacional, espetacular. Houve envolvimento na medida e quem não foi perdeu mais que uma festa, mas pelo menos não perdeu o rumo de casa... Lá pela quinta viatura, comecei e me questionar porque as pessoas estavam se importando tanto com nosso barulho e me dei conta de que o céu estava claro, Morticia quase dormindo em pé... Hora de ir embora! Ai que pena!

Eu e minha amnésia, para variar, estamos de mãos dadas e pouco poderia reportar. Aliás, quem se candidata a fazer os posts pós festa...? Kizzy? Que, aliás, merece todo o meu respeito e amor, pois sempre se posiciona na contra mão das festas temáticas e brilhou na criatividade. Não há como citar um por um, mas nesse barco também estão Marcelo Pavão e Lu Charmosa. Lindos!!
Gostei da explicação do Léo sobre a logo e se alguém entendeu, por favor, me explique! Marco Antônio não identificou a Cleópatra, mas bem que tentou associá-la a outro personagem. Se Júlio César visse isso...

Agora é acertar as contas, aumentar o estoque de Dorflex e aguardar o próximo evento.

E para o Reveillon, qual é a boa?

Beijos, beijos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

BORN TO BE ALL INCLUSIVE


Bom dia dezembro!

Fuso horário é algo muito estranho. Daqui ali em Maragugi, um litoral lindíssimo, mas um horário diferente daquele que nos norteia em Minas. Estou falando de mais que horas e minutos marcados num relógio de pulso. Estou falando que nossa hora lá no litoral "alagoense" não tinha necessariamente 60 minutos; era medido entre algo do tipo café da manhã-bar da praia-biribol-misto quente na piscina-sauna com ópera all inclusive-jantar temático-vinho com laura pausini... O fuso horário das férias é fimose, como diria Silas Simplesmente.

Mais um casal casado e... menos uma lua de mel! Combinamos que após todos os casamentos realizados (NOTA: Xaxá é carta branca), iremos comemorar os aniversários das bodas e essa celebração pede uma renovação da lua de mel, e então surge de novo a razão do all inclusive. Nossos encontros são sempre excelentes, mas com all inclusive então! Temos todos que experimentar essa sensação!!

Mais uma vez o evento descobriu talentos, lançou frases de efeito e deixou saudades... Desde uma corridinha na academia a vapor até a partida final do campeonato de sinuca, tudo teve graça e piadinha infame e era assunto para o dia todo até aparecer a próxima razão para nova graça e piadinha infame... Como disse Cláudio, o Sábio: "É uma reunião de idiotas!". Tá certo ele. Idiotas do bem, com certeza. E fizemos barulho!!

Na primeira noite, gás total; incomodamos Laura Pausini e chamamos a atenção dos outros hóspedes. Edilene se assustou tanto que não deve ainda ter saído do casulo. Fomos no táxi do Silas que já avisou que só leva pessoa famosas, e então no day after estávamos com inscrições abertas para o N.A.I.. Mas o primeiro quase inscrito enobreceu demais seu histórico e deixou nosso amigão boquiaberto. "Olá! Turma animada hein! Lua-de-mel? Diferente hein! Eu sou Massey Ferguson, e você hein?". E noticiamos como se fosse um espirro, mas não tínhamos idéia na epidemia que se transformariam aquelas palavras. Depois desse dia nosso grupo foi cada vez mais esmagado, reduzido e transformado a pó, graças à força dos Massey. Era dragão para todo lado e sentimos que precisamos nos personificar e jamais ceder nosso lugar à concorrência seja em que força ela vier. Em resumo, primeira inscrição negada.

Para fazer côro ao nosso grupo, o currículo deve ser mais pomposo. "Tenente e Sub-Tenente? Pode!". Claro que isso é só uma forma bem humorada de pontuar a grande companhia do Rodrigo e Amanda, amigos cariocas recém agregados e convidados a participar conosco dessa reunião de idiotas. Mas eles não poderão vir à festa, pois o Rodrigo precisará cumprir horas de vôo no litoral do Rio Grande do Norte de sexta happy hour a domingo após o Fantástico. "L!!!!".
Mais uma vez fomos ótimos e o postal ilustra bem essa viagem.

E por falar em postal, decidimos dividir em 44 pedacinhos o troféu Xaxá para que não haja injustiça e assim, cada um assume sua parte no grupo em que Nós Andamos Iguais...

Beijos e até a próxima festa.