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Say a Little Prayer for You by Aretha Franklin on Grooveshark

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Simplesmente

Gente, bom dia!

Sabe o que é engraçado? Ou triste, não sei... Como me canso das coisas! Não sei se tem a ver com hormônios ou se faz parte de mim, mas simplesmente me canso. Como não posso me dar ao luxo de cansar e trocar de tudo o tempo todo, arrumo artifícios para que a canseira não deteriore minhas relações, inclusive comigo mesma, pois canso de mim assustadoramente.

Lembro-me de um pensamento reticente que tinha na infância. Morava com meus pais e uma irmã mais nova. E nós quatro habitávamos um apartamento em um prédio com mais 43 unidades como a nossa. Era uma comunidade, fala sério! Delícia de infância. Bons momentos, inclusive os ruins. Mas o fato é que sempre estava rodeada de gente. Mesmo quando saía do prédio, tinha gente pra todo lado. Meus pais sempre tiveram uma vida social agitada e não havia sexta-feira em casa e quase toda semana tinha aniversário (com coxinha, coca-cola e um milhão de pessoas na sala) na casa de alguém. Cresci assim e me mantenho dessa forma, mesmo que essa prática enlouqueça meu marido.

Anyway, no meio desse turbilhão de gente e de acontecimentos, às vezes eu parava para pensar no quanto as pessoas são sozinhas, são elas mesmas. Ficava olhando a gente em uma dessas festas em grupo animado de bate papo, e invariavelmente pensava que aquele ali era um momento. Só isso. Quando as altas horas da noite chamassem a ir embora, era novamente cada um por si. E essa solidão se materializava aos poucos na minha cabeça. Sempre tinha uma amiga do prédio comigo e íamos os cinco tomar o rumo de casa. Saíamos daquela festa cheia, onde todos sorriam e entrávamos no carro em silêncio. Talvez uma conversinha sem delongas, apenas. Chegaríamos em casa cansados, minhas irmã no colo já dormindo contribuindo para a solidão se acelerar. O elevador parava no nosso andar e minha amiga sozinha ia para a casa dela na sequência. Cada um na sua cama, sozinho. Com exceção dos meus pais que dormiam juntos e não se separavam. Certa noite fui conferir essa cena, e para o meu alívio (de criança) só pude constatar que cada um dormia virado para uma beirada da cama. Até eles se separavam! E por alguma razão sentia o afago da noite me envolvendo, pois a solidão não doía. Mesmo porque não acredito que solidão tenha relação com “estar sozinho”. Solidão brava é quando sentimos a alma querer fugir do corpo. E isso definitivamente nunca fez parte da minha velha infância. No dia seguinte me esforçaria para viver a mesma rotina de um jeito diferente, reinventando. Constatado na minha cabeça que é mesmo cada um por si, aproveito os momentos em que sou Nós, pois o resto é um monte de mim. Whatever...

Bonito fez nosso Forrest Gump que foi correr noutro estado e nos levou com ele...

Parabéns Patty e Múbia, ops, Núbia! Felicidaaaaadeeesss!

Beijos. Mesmo nos momentos de solidões...

2 comentários:

Laura Friche disse...

Dri,

ADOOORO você!

Antes eu te adorava sozinha, e eu já fui uma das amigas que acompanhava a família Zoni... o.O E agora eu te adoro acompanhada porque eu amo essa turma tão lindona que vocês formam!

Aqui, o ditado é diferente: separados, porém juntos ;)

BjO :)

Patty Beling disse...

Nossa que lindo!! Emocionei!!

Obrigada pelos parabéns!!

Beijos!! Patty